Para que o segmento aposte em modernas práticas de política de pessoal é preciso que possam atender de forma diferenciada a legislação trabalhista
Gestão de Pessoas não é prerrogativa ou necessidade de empresa grande. Também aquelas com até quatro empregados, que representam 86% das 5,6 milhões de micro e pequenas empresas brasileiras, precisam ter essa preocupação se quiserem ser competitivas, se apostam na sobrevivência a longo prazo.Segundo o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, é preciso desmistificar a chamada gestão por competências, que foco o aprendizado constante dos empregados de acordo com a missão e os objetivos estratégicos das empresas. “Ela não deve ser preocupação apenas de uma Petrobras, de uma Vale do Rio Doce ou de instituições como o Sebrae”.
O problema, segundo ele, não é simples porque passa pela questão custo que, por sua vez, remete às normas, à regulação da atividade econômica. A Lei Geral já permitiu grandes avanços como a criação de regras tributárias específicas, diferenciadas (Simples Nacional) para micro e pequenas empresas. Mas é preciso avançar mais.
A simplificação precisa, agora, atingir outras áreas como as das relações trabalhistas. Não se trata de reduzir direitos em vigor, explicou o diretor, mas definir um mínimo de proteção para os que vivem à margem dos direitos trabalhistas. Micro e pequenas não podem arcar com custos trabalhistas como se grandes fossem. E a solução dada pelo mercado é a pior possível: a informalidade.
Menos custos e burocracia são fundamentais para o fortalecimento e modernização de um segmento que é o grande agente de capacitação do mercado de trabalho nacional. È quase sempre em uma pequena empresa o primeiro emprego de jovens entre 18 e 24 anos.
Carlos Alberto coordenou, nesta quinta-feira (12), o Painel Sebrae, dentro da programação da Oficina 'Gestión por competencias y organizaciones sostenibles', da Organização Internacional do Trabalho (OIT) , que acontece desde a segunda-feira (9), no Rio de Janeiro, e se encerra nesta sexta-feira (13). A oficina conta com 70 participantes de 12 países da América Latina, incluindo o Brasil.
Fonte: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?cod=9153893&canal=214
Postado por: Patrícia Pacheco